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URBANISMO DE GUERRA

Investigar e narrar as formas de planejar, gerenciar, ocupar e usar a cidade a partir dos diversos conflitos de posse e disputa do espaço, construindo imagens que possibilitem pensar e imaginar novos desejos e desenhos de cidade

PESQUISAS EM ANDAMENTO

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DIÁRIOS DE GUERRA: 2013

EDITAL MCTI / CNPQ 04/2014

Tendo as Jornadas de 2013 como mônada, bem como suas predisposições, consequência e latências no momento em si, aqui se pretende: Discussão das perspectivas da produção do espaço urbano dentro, contra e além da figura do Estado e seu associado, o capitalismo, a partir da Guerra não como metáfora e sim como modus operandi da vida na contemporaneidade. Compreensão da função Estado como articulador das bases para um sistema soberano e explorador através da economia, política, sociedade, ecologia e cultura. Apontamentos de velhos e novos campos de batalha produzidos na relação Guerra e Estado a partir de novos campos epistemológicos pela estética, poética e política abordando os conceitos de violência, legalidade, legitimidade, desobediência civil e soberania popular.
Plataforma de pesquisas e atividades de extensão cujo principal tema é a relação entre urbanismo e a guerra no urbano. Na luta pela construção de um território hegemônico para a prática da política, soberanias populares são testadas, políticas públicas criadas e paradoxalmente são instigadas a gerar novos conflitos, autonomias são criadas, novos regimes de sensibilidade são experimentados, alargando o horizonte estético.

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ESTRATEGIAS E TATICAS: MANIFESTACAO E REPRESSAO

Edital PROBIC / FAPEMIG 01/2013

O contexto a ser trabalhado nessa pesquisa diz respeito as estratégias e táticas de guerra perpetradas pelo Estado nas figuras da Policia Militar, Guarda Municipal e mesmo suas secretarias urbanas, assim como as de contra-guerrilha usadas por manifestantes em Belo Horioznte. O que se pretende é a partir de entrevistas (junto a policiais, funcionários da prefeitura, membros de movimentos sociais e participantes das manifestações), pesquisa bibliográfica (em bibliotecas da polícia militar, banco de dados do estado e dos jornais locais, e fanzines e encartes populares) e ensaios fotográficos antes, durante e depois do próprio evento WORLD CUP FIFA neste ano de 2014 é elencar tais modos de operar e produzir espaços durante tais eventos. Assim, pretende-se discutir a própria disciplina urbanística a partir dessa possibilidade de constatação de uma nova modalidade de urbanismo que longe de ser vinculada ao desenho prévio do arquiteto, está mais próximo do que ocorre no dia a dia, em cada ocupação territorial em certo momento histórico.

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ESCOLAS COMO AGENTE DE PLANEJAMENTO URBANO

Edital UFMG - ADRC 05/2016

A presente pesquisa pretende investigar, discutir e desenvolver plataformas e dispositivos de interação democráticas para empoderamento – conscientização, mobilização e intervenção – da população no que tange a produção do espaço cotidiano a partir de exercícios práticos junto a disciplina "Oficina de Planejamento Urbano: Problemas de Ocupação e Planejamento em Sub-bacias” cujo território de trabalho são as escolas municipais e estaduais. Tais plataformas e dispositivos podem ser banco de dados, sites, cartilhas, flyers, material didático, mapas, mobiliário urbano, cartazes, manuais do-it-yourself, filmes, exposições, livros entre outros

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NARRATIVAS DA VIOLÊNCIA: O BRASIL DE PERTO E DE DENTRO

Edital FAPEMIG - DEMANDA UNIVERSAL 2016

O presente projeto pretende investigar as narrativas fílmicas (desde o cinema até os vídeos
caseiros disponibilizados em redes sociais) construídas em torno da questão da violência e o
espaço globalizado brasileiro atual, considerando-as como dispositivos que permitem repensar o
real a partir de suas ficcionalizações / documentações arquivísticas - pensando aqui o
documentário como ficção e suas possíves relações ambivalentes. Sejam as Jornadas de Junho de
2013, ou o cinema indígena ou ainda as narrativas debruçadas sobre o cotidiano urbano no Brasil,
o objetivo é construir um panorama crítico tanto histórico quanto calcado nas diferentes
geografias culturais a partir de uma análise das imagens criadas. Comparando estes exemplares
visuais entre si e com exemplares do cinema produzido em períodos similares como nos 1960 no
país, por diretores consagrados como Glauber Rocha, Andrea Tonacci ou Rogério Sganzerla, entre
outros, assim como com narrativas advindas da literatura e das elucubrações teóricas da
geografia e urbanismo, nossa hipótese é da repetição de tais traços da violência urbana sendo
replicados em espaços considerados não-urbanos, produzindo imagens cada vez mais aterradoras
e destrutivas, assim como a importância do cinema e seus derivados como mídia(s) narrativa(s)
específica(s) para explicitação destes mesmos eventos dado sua idiossincrática relação com os
mecanismos perceptivos, considerando inclusive sua domesticação seja através da TV, das mídias
sociais e vídeos caseiros. Além disso, gostaríamos de discutir os novos modelos de produção de
imagens filmicas domésticas como novas formas de expressar e ampliar esteticamente o campo
das narrativas na contemporaneidade.

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PLATAFORMAS DEMOCRÁTICAS

Edital PROBIC/FAPEMIG

Este projeto tem como propósito fazer a analise das plataformas democráticas e sua dimensão espacial  e espacializante a partir das experiências espanholas e suas replicações  brasileiras e estrangeiras, tendo como principal interesse as possibilidades que as interfaces propõem de formas renovadas de produção e organização para produção espacial contemporânea.

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CARNAVALIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO URBANO

Edital UFMG - ICV

O contexto a ser analisado envolve o renascimento do carnaval de rua politizado em 2009, sua relação com 2013 e sua potencialidade como política em termos de planejamento e gestão urbanos a partir de uma avaliação nos âmbitos municipal e federal de como o aparato estatal lidou com o carnaval tendo em vista políticas públicas e ações governamentais, assim como a partir de formas autogestionários de organização e produção do espaço.

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GRAMA COMO LIMIAR DA VIDA NAS CIDADES

Edital UFMG - ICV

A relação cidade e meio ambiente sempre foi uma de natureza conflitiva. O crescimento da cidade sempre significou o desaparecimento da natureza e sua substituição pelo meio ambiente – natureza tornada cultura, portanto. E o elemento grama, e seu correlato gramado, plantados ad infinitum nos espaços da cidade se apresentam justamente como tal rastro dessa passagem da natureza para o meio ambiente, como um limiar para compreensão de tal transformação/embate e suas possibilidades outras. Limiar porque nas cidades a grama é um limite, uma lçinha que separa dentro e fora, ao mesmo tempo que por si só, também se apresenta como uma zona, um espaço interseccional.
Nas grandes e pequenas intervenções produzidas no tecido das cidades, e na publicidade advinda delas, a grama é usada como elemento fotográfico que aponta para um imaginário de vida público harmonioso e ideal. A grama é sempre aquele elemento que permite o livre uso do espaço, que indica uma boa qualidade de vida do ponto de vista ambiental, que mostra uma “boa vida”.
No entanto, se for pensada a cidade de Belo Horizonte, em que lugares tal elemento é colocado e para além da fotografia publicitária, é a grama ganhar um outras conotações, mais políticas. Se for pensada a grama como dispositivo que produz um efeito estético que se dá no correr da vida diária das pessoas,  o que se entrevê é esta sendo usada como elemento dispersor: de pessoas, de sociabilidades, de uma relação mais natural e menos ambiental com o espaço das cidades.
Dispersa pessoas porque é usada normalmente no meio de grandes vias como elemento que separa a direção dos carros e não permite que o pedestre pare no meio. Portanto, disciplina corpos e dispersa aglomerações e intimidades. Dispersor de sociabilidades porque raros são os lugares públicos na cidade onde a grama realmente pode ser pisada e usada para práticas coletivas e públicas como piquenique – tal como colocado em outdoors sobre a vida em condomínios fechados. Dispersor da natureza pois produz um comércio das placas gramadas que são transportadas de região em região e usadas para criar uma homogeneidade paisagística. Contra o que pode ser plantado e surgir no local, como natureza, a placa gramada é simplesmente jogada no solo e sem cuidado nenhum, o que se vê, são tais placas caindo de declives, misturando a areia, sendo roubadas.
Neste sentido, a presente proposta de projeto de iniciação científica voluntária quer investigar a partir do dispositivo espacializado grama os espaços públicos produzidos na cidade e seu uso. Produzindo um inventário dos tipos que compõem a cidade e da maneira como são usados dentro dos órgãos públicos relacionados ao planejamento e gestão urbanos, pretende-se discutir como este dispositivo sendo criados seja pelo mercado, pelo poder público ou mesmo pelas pessoas comuns para renovar ou mesmo, criar ou impedir relações.
A pesquisa pretende construir um inventário dos tipos de grama usados nos projetos de espaço público da cidade, os motivos, razões e histórias envolvendo-as. Pretende-se produzir narrativas a respeito de como tais dispositivos produzem uma cidade desigual e caracteristicamente separatista ao mesmo tempo que, através de histórias, elas são suporte para produzir limiares de uma vida compartilhada.

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DEFAULT URBANO

X BIENAL ARQUITETURA SP

As cidades são submetidas exaustivamente aos padrões sem a qualificação de seus espaços de uso coletivo. O espaço público constituído enquanto fruto do consumo dos interiorismos e domesticidades tornadas mercadorias, resulta na homogeneização das cidades para um cidadão apático e reificado. Nessa relação das pessoas e espaço, o consumo tem papel protagonista não apenas pelo poder de transformar tudo em cifras, mas pela potência de tudo tornar mais do mesmo.
Os defaults são padrões, erros que tendem a ser reproduzidos infinitamente. Tais padrões são aplicados pelo mercado pois confere status de mercadoria desejável, pela acomodação ou para garantir uma situação que é, essencialmente, interior.
A negação do exterior em benefício do que interno é estanque, controlado e asséptico, faz com que a aparência externa seja apenas consequência, desprovida de qualquer organização que não seja um mostruário /vitrine de produtos e mercadorias.
Sendo tais padrões construídos por uma omissão imaginativa, o que resta sãodefaults, definidos aqui como configurações repetidas a exaustão, ou erros continuamente em produção. O projeto “Default Urbano” pretende explicitar os padrões com os quais as cidades vem sido conformadas na contemporaneidade.

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